Sinopse

Durante o carnaval, no Rio de Janeiro, uma equipe de cineastas norte-americanos tem seu material de filmagem roubado pelo bloco de índios que eles documentavam. Os ladrões, favelados do morro do Pavãozinho, resolvem eles mesmos fazer um filme tendo por tema a Inconfidência Mineira. Toda a população do morro adere à idéia com o mesmo espírito e a alegria da preparação de uma escola de samba, com exceção de Silvério, que preferia vender o equipamento e dividir o dinheiro. O filme é realizado mas a polícia recupera o equipamento e prende os ladrões. Os americanos levam o filme dos favelados para os Estados Unidos, lançando-o com o título Sweet Thieves, com sucesso de público e crítica. No dia da estréia, no Brasil, os favelados comparecem à sessão algemados, levados por um camburão da polícia.

Vídeos

Direção

Fernando Coni Campos

Fernando Luís Coni Campos (Conceição do Almeida, Bahia, 1933 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1988). Diretor de cinema, roteirista e produtor. Muda-se, quando criança, para Castro Alves e, na adolescência, para Salvador, onde se dedica às artes plásticas. Em 1951, vai a São Paulo estudar desenho, gravura e história da arte e, anos depois, para o Rio de Janeiro, estudar desenho industrial e comunicação visual. Trabalha inicialmente com o designer gráfico Aloísio Magalhães (1927-1982) e depois com o urbanista Lúcio Costa (1902-1998) no Plano Piloto de Brasília – que origina seu primeiro filme, o curta-metragem Brasília, Planejamento Urbano (1964). Em 1960, estuda introdução à semiótica na Escola Superior da Forma, em Ulm, na Alemanha. Paralelamente, escreve os livros de poesia O Nome (1963) e Repasto Frugal (inédito). Estreia no longa-metragem com o policial Morte em Três Tempos (1964), adaptado do conto Ninguém Mais se Perderá por Luba, do escritor Luiz Lopes Coelho (1911-1975). A partir de Brasília, realiza diversos curtas documentais, como Do Grotesco ao Arabesco (1965), Tarsila, 50 Anos de Pintura (1969) e Art Noveau (1979). Inspirado nos capítulos O Delírio e O Senão do Livro, de Memórias Póstumas de Brás Cubas, do escritor Machado de Assis (1839-1908), realiza o tropicalista Viagem ao Fim do Mundo (1967), premiado no Festival de Locarno em 1968. Com a saída do cineasta Paulo Gil Soares (1935-2000) da direção de Um Homem e Sua Jaula, adaptação do romance Matéria de Memória, de Carlos Heitor Cony (1926), Coni Campos, que já produzia o filme, assume a direção. Interditado pela censura, a obra não é lançada nos cinemas. Em seguida, dirige e escreve com o cineasta Renato Neumann (1943) o longa Sangue Quente em Tarde Fria (1970). Inspirado na canção País Tropical, do músico Jorge Benjor (1945), e com ele no elenco, realiza Uma Nega Chamada Tereza (1973). Realiza, em 1977, Ladrões de Cinema, buscando maior aproximação com o público. Seu último longa é O Mágico e o Delegado, inspirado no terceiro capítulo do livro Depois do Último Trem, do escritor Josué Guimarães (1921-1986), e grande ganhador do 16° Festival de Brasília, com quatro troféus, incluindo os de melhor filme e roteiro. Ainda escreve, em parceria, os roteiros de Romance (1987), de Sérgio Bianchi (1945), e Lua Cheia (1989), de Alain Fresnot (1951), entre outros não realizados.

Créditos

Produção

Sergio Otero, Fernando Coni Campos

Roteiro

Fernando Coni Campos, Jorge Laclette

Elenco

Milton Gonçalves, Lutero Luiz, Antonio Pitanga, Wilson Grey, Procópio Mariano, Célia Maracajá

Fotografia: Sergio Sanz

Música composta por: Mano Décio da Viola

Montagem : Sérgio Sanz

Produzido por: Lente Filmes


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